Mano Brow acertou quando falou de manipulação midiática em relação ao impeachment da presidenta. Mas se equivocou sobre o fato de a favela ter se calado e virado as costas ao PT, já que, antes disso, nossa presidenta (ruim de assessoria, viu?) ao invés de andar de buzão, ficava passeando de bike, tentando a todo custo conquistar a classe média... justo ela, eleita por mais da metade do povareu.
Muitas vezes nossos
amigos e amigas, nossos parcos leitores e leitoras têm a certeza de que somos
contra a Dilma, antipetista... Mas nós não somos.
Muito pelo
contrário, parte da nossa formação política foi desenvolvida
justamente nos diretórios regionais do partido e estamos bastante
tristes com o golpe que está em curso contra a presidenta.
Acontece que somos
marxistas e, como tal, compreendemos que a própria eleição do
Partido dos Trabalhadores e Trabalhadoras já se tratava de um golpe
da elite. Pode parecer estranho, mas a teoria marxista diz que não
tem importância quem está no poder, se chegou lá, governará para
o bem da burguesia, mesmo que conceda algumas benesses ao
proletariado.
Lembram-se da
ferrenha oposição que o PT fazia contra governo FHC e suas
pretensões neoliberais? Pois bem. Impedidos de aplicar suas manobras
(privatizações, precarização do trabalho, etc), a solução
melhor foi anular a oposição colocando-a no poder.
E assim, tivemos no
governo PT a brilhante conquista da redução do Seguro Desemprego,
a aprovação da Lei Antiterrorismo, e tudo o mais que vocês possam
listar.
As nossas eleições
não são um processo democrático, como pensamos ou gostaríamos que
fosse. Nossas eleições são “midiáticas”, não democráticas.
Permitir que o PT se
elegesse fez parte do golpe reformista. Forçar sua saída é só a
cartada final.
Alguém já disse...
não me lembro quem... “o papel da esquerda é humanizar o
capitalismo”.
Enquanto a revolução
não vem, que assim seja!
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