No Brasil, a Luta de Classes, isto é, a luta “entre as classes”, é confusa e, por vezes, difícil de se identificar – dado que, a um primeiro olhar, aparenta ser travada entre uma classe mé(r)dia “opressora” e os pobres “oprimidos”.
Porém, a verdade é que a classe média é parte da classe trabalhadora também e é por isso que não é ela nosso inimigo de fato. A verdadeira relação entre opressores e oprimidos, se dá entre capitalistas e trabalhadores – por meio da extração do lucro, ou mais valia.
Daí pra frente tudo o que se segue desdobra-se em ferramentas para que o trabalhador e a trabalhadora não perceba e não se incomode com tamanha espoliação, com a retirada de imenso lucro a partir da exploração de seu trabalho (isso que, parafraseando um amigo nosso, os intelectuais chamam de mais-valia, mas o popular chama de roubo, assalto, safadeza mesmo). Tais ferramentas vão de programas de TV, à legislação do país, chegando até mesmo às vias de fato da violência física.
Já para a classe média são usadas como ferramentas de controle os seus salários “médios” e o status da posição que exercem como trabalhadores e trabalhadoras intelectuais, em detrimento do trabalhador braçal. Isso lhes dá a ilusão de que não são trabalhadores ipsis literis, uma vez que o conceito de trabalho está fortemente ligado a trabalho braçal. Dessa forma, sendo uma classe de gerentes e administradores não comporiam a massa de trabalhadores e trabalhadoras do país, sendo essa massa composta por aqueles que executam os trabalhos idealizados pela elite e gerenciados pela classe média. Sendo a classe média os “gerenciadores” dos ganhos da elite, muitas vezes, quando falamos em classe trabalhadora estamos nos referindo apenas à população pobre.
Dito isto, é preciso que olhemos para a massa a fim de perceber quais as características que marcam profundamente tais pessoas. Se olharmos com olhos críticos perceberemos que não há nenhuma característica estética que marque tanto os pobres como a NEGRITUDE, pois nas periferias de todo o país, talvez com exceção para os três estados do Sul, em 90% dos casos ou as pessoas são pretas ou têm algum parente que o é, sendo os traços negróides o fenótipo mais comum nas periferias.
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