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segunda-feira, 16 de setembro de 2024



 Sensacionalismo - Um velho conhecido do capitalismo (Boi de Piranha)









Curiosamente os mesmos alardes que o fascismo aí evem, não trouxeram críticas significativas no que tange aos aparelhos de dominação, os ideológicos e os de repressão. As críticas da esquerda miravam sua artilharia para o tal ex presidente, muitíssimas vezes, de forma biográfica (possibilitou a tese do "boi de piranha") ou seja, a massa ficava distraída, via sensacionalismo, com um só boi, aí passava uma boiada. Observávamos cada ação ridícula que o fulano apresentava, pra isso, o mesmo, contava com uma equipe de pessoas ligeiras em inventar fake news. Mas, mais que isso, mais importante que inventar mentiras, é a forma de circulação destas. E, por isso, utilizaram um forte e antigo aliado do capitalismo, utilizaram o sensacionalismo. Não houve crítica a esse importante aparelho ideológico que, passou batido, nem sabemos se foi percebido. Porém, se não foi percebido, que seja agora. Sabemos que o sensacionalismo pode utilizado para falar de coisas boas e também de coisas ruins. Todavia, sabemos que o oficio do sensacionalismo é exagerar, aumentar a dose, tocar no profundo das nossas emoções, isto é, mesmo sendo mentira, nos aprisiona e nos nega a indignação revolucionária. Em troca disso, nos entrega uma espécie de evolução resignada, onde o choro é tão mais frequente que a alegria. Pois, como sabemos, o sensacionalismo tem um caso de dor com as pessoas negras. Uma evolução que nos trava, paralisa, é chorosa, foge do encontro com a materialidade diária e nos oferece distopia. Rouba nossa raiva na arte, escola, direito... e, é por isso que passamos considerar que 80 tiros é diferente de um só tiro fatal, ou que 80 tiros dado de forma fracionada geograficamente... não é 80 tiros. O sensacionalismo nos educa numa direção exageradamente distópica, apocalíptica. Tal qual a águia, ave de minerva da filosofia, o sensacionalismo nos entrega diariamente, de forma exagerada, o relatório de como foi o dia, ressaltando que um dia tem sido pior que o outro no caminhar da história humana. Daí nos apregoam personagens que a tudo resolverão. Muitas vezes, a gente abraça e nos esquecemos que do céu só cai chuva, ignorando a sabia mãe preta que, observando o próprio materialismo histórico, percebeu que deve ensinar ao sua filha negra que ela sempre terá que fazer por dois ou três, e mesmo assim, ainda será desprezada. Uma maneira exagerada de desprezo. Eis o sensacionalismo material, o exagero de trabalho, de enquadros, rejeição. Aqueles pra quem passam pano.



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