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terça-feira, 31 de julho de 2018

Políticos devem ter suas vantagens reduzidas?



Depois da crítica à religião, é preciso fazer a crítica ao direito.


Como assim?

Ora, muitas pessoas ficam felizes em fazerem a crítica às religiões, pois, quem disse, por exemplo, que os faraós eram deuses na Terra e que suas decisões eram inquestionáveis? Avançando no tempo veremos que antes mesmo do surgimento das nações tal qual as conhecemos, surge no Ocidente a igreja católica. Mas quem teria dado a esta instituição o poder de decidir sobre a vida e sobre a morte de pessoas?

Tanto no caso dos faraós e reis, quanto das Igrejas (e aqui incluímos suas diferentes vertentes), além dos óbvios fatores culturais, sociais e econômicos, a Fé foi, certamente, um dos principais elementos para a legitimação de tais poderes.

Uma análise racional, ainda que rasa, do papel das religiões na história da humanidade reforçam a contradição entre dominação e bálsamo.

Hoje, criticar religiões é um ato corriqueiro e indicativo de “inteligência”, como se intelectuais não pudessem ter fé em coisas e seres imateriais, e também  não pudessem se engajar em causas sociais revolucionárias, anticapitalistas e antirracismo negro. 

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Estrategicamente se ignoram Frei Caneca, Leonardo Boff, Frei Beto, Zumbi dos Palmares, Dandara, Aqualtune, Martin Luther King e Malcom X, dentre tantas outras pessoas que insistem em se religarem a suas entidades religiosas sem abrir mão da crítica e, portanto, sem perderem a força transformadora.

Por outro lado, muitas pessoas fazem a crítica da religião, mas, no entanto, acreditam piamente na força do direito.

Como assim? O que tem pra ser criticado no direito?

Ocorre que a mesma fé e poder decisório antes depositado nas religiões, encontram hoje no Direito a mesma legitimação. Isso significa que a luta por direitos, embora necessária, também merece ser relativizada.

Se não for dessa maneira, como questionaremos os direitos excessivos de políticos (auxílio moradia, auxílio terno, aposentadoria especial, altíssimos salários)?

Sem contar que, na madrugada, diante de uma abordagem policial, para pessoas negras os únicos direitos válidos são o do silêncio, do sim senhor e da reza, caso se saiba rezar.

Então, temos que fazer a luta por nossos direitos? Sim!

Mas temos também que reconhecer os limites desta ação, afinal, quem constrói as leis não seus deuses preocupados com o bem comum, nem necessariamente seres humanos atentos às necessidades do coletivo. 
Em vários momentos da história, a única forma de combater injustiça foi, justamente, fazendo a revolução.

Confere?
  

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