À branquitude não solidária eternamente montada em seu Lobato.
Hoje fiquei matutando umas coisas… me fazendo perguntas numa série de “já pensou?”. Aqui reproduzo algumas:
Já pensou se o jogo vira e a negrada resolve pegar branco por branca, enfiar umas coleiras, proibir de usar roupas e sapatos de marca, expropriar os telefones, cortar o fio da internet sem fio, botar pra trabalhar forçado e comendo só arroz e feijão todo dia, todos os meses do ano?
Já pensou se tomássemos as casas, os carros, as contas bancárias e, aos revoltosos, sentássemos o couro? em praça pública?
Imagina o espetáculo…
Já pensou se todas as famílias ricas, assim, de repentemente, tivessem que viver na favela, à beira do esgoto, em barracos precários que inundam sempre que a chuva dá o ar da sua graça? Já pensou acomodar cinco filhos em um quadrado dois por dois? Será que cabem?
E se ainda por cima colocássemos os coxinhas todos no seu encalço? Noite após noite, dia após dia (isso eu acho não daria certo: nós temos vermefobia).
Mas como coxinha é coxinha, eles vigiam até mesmo dormindo, e sua cor jamais te deixaria passar em branco. As cadeias, portanto, viveriam repletas de gente como você.
Já pensou?
O contrário do que seu Lobato queria? Já pensou que somos maioria? já pensou se resolvéssemos correr atrás da limpeza étnica que ele e seus comparsas propunham pra nós?
Já pensou, ser mort@ porque é branc@?
Ser burr@ porque é branc@?
Ser fei@ porque é branc@?
Se não cagar na entrada, cagar bosta branca na saída?
Já pensou no Cabo Bruno, Conte Lopes e outros pé-de-pato do tipo andando no seu encalço?
Se não pensou, nem precisa.
Sua desumanidade inda mais nos humaniza, à revelia dos Lobatos, dos Bolsonaros, Contes Lopes e outros monstrengos da vida.
A dor (não que ela fosse necessária) nos deixou mais fortes e tenho quase certeza de que não lhe daremos o troco. Não na mesma medida.
Entretanto, o que for nosso por direito não tem conversa: tem conquista. E a elite tem razões “claríssimas” pra se tremer de medo.
Já pensou?
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