"A baixa alto-estima da dona Maria
Da sua prima, da sua filha e sua vizinha
Isso me intriga, isso me instiga
E se você não entendeu o que significa feminista
Esquento a barriga no fogão, esfrio na bacia
Cuido do filho do patrão, minha filha tá sozinha" Ellen Oléria - Antiga poesia
créditos desta foto podem ser encontrados em: http://wp.clicrbs.com.br/tamborim/files/2010/11/celina200.jpg
No reino de Vila Cristina
era dia de guerra.
A rainha
se encontrava em outras terras.
Não de férias.
Em missão:
fermentar o pão
com o suor de seu dia.
Quando ela chegou
a mais velha
tinha humilhado o mais novo
que tinha humilhado a mais nova
que bateu na mais nova ainda
e humilhou o outro.
O outro
poupou a inválida
e partiu para o próximo:
puxou logo a faca pra ele.
E este,
o menor dos irmãos mais novos,
sacou a espingarda de tábua
e disparou rajadas
de incógnitas.
Os vizinhos distraídos
se (ou)viam
não cuidavam.
Diplomáticos.
Viam o reino em frangalhos,
não ocupavam
e
nunca nunca interferiam.
Mas quando ela chegou
óbvio
tratou logo de botar a casa
na mais pura e santa paz.
Porque terra sem mãe
é terra sem paz.
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