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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Ode ao Zé Povo

                                                   Em defesa do povo - um elogio ao Zé Povo...


(Cantiga de zéporvinhar)

Zé Povo é mato.
Zé Povo é o cão.
Zé Povo, Zé Polvo, Zé Porvim, Zé Polvim, Zé Povim, Zé Porvinhar:

Ze Porvim ninguém te gosta.
Ninguém vai teadorar.
Mesmo assim é verbo novo:
zé porvim ↔ zéporvinhar.

Eu zéporvinho
Tu zéporvinha

Ele zéporvinha
Nós zéporvinhamo
Vois zéporvinhais
Eles zeporvinha


E são muitos os nomes
sentido
é um só
Zé povo que nasce
a qualquer hora
em qualquer lugar.


Zé Povo é mato.
Zé Povo é o cão
danado, sarnento,
se espalha no vento e
brota do chão.

É verbo agora
ação nomeada
conjugada
esperada
rimada
(bem pobre
- zé povo do rico
é repórter)

Zé Povo do povo
não recebe ordens
faz conta de tudo
só pelo gostinho
de zéporvinhar.

Zé Povo é mato.
Zé Povo é o cão.

Tem pouco problema o Zé Povo do povo
- seu problema é o dos outros.
"Comunitária inspiração".

Zé Povo nos cuida
Zé Povo protege
se vem a polícia
Zé Povo percebe
e fica de olho
atento à novela
(Terror na Esquina
de farda e revólver)

Zé povo e seus olhos de câmeras digitais
Zé povo sem fio, internet a milhão
Zé povo e o ouvido microfone fantástico
Zé povo e a boca amplificadora de voz
Zé povo e a tomada ligada pra sempre
Zé povo lan house
ambulante
telecentro da paz
observa e inventaria
griot sem amparo
homem-otário
mulheres sem rádio
como nós,
todos nós.

Dinha

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