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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

O Brasil teria que ser branco e capitalista

Segundo Clóvis Moura:

"O auge da campanha pelo branqueamento do Brasil surge exatamente no momento em que o trabalho escravo (negro) é descartado e substituído pelo assalariado. Aí coloca-se o dilema do passado com o futuro, do atraso com o progresso e do negro com o branco como trabalhadores.O primeiro representaria a animalidade, o atraso, o passado, enquanto o branco (europeu) era símbolo do trabalho ordenado, pacífico e progressista. desta forma, para modernizar e desenvolver o Brasil só havia um caminho: colocar no lugar do negro o trabalhador imigrante, descartar o país dessa carga passiva, exótica, fetichista e perigosa, por uma população cristã, europeia e morigerada. (...) Precisávamos melhorar o sangue, a raça"

Comentário: Essa ideologia de branqueamento que substituiu um trabalhador pelo outro afirmando que o povo negro era "ruim de serviço", na verdade pretendia era embranquecer o país.  Mas o mito de que os europeus eram melhores caiu por terra em pouco tempo, como vemos no trecho a seguir:

"como vemos, essa superioridade técnica tão apregoada não é confirmada pelos fatos. daí a frustração inicial de inúmeros fazendeiros na experiência que fizeram com esses imigrantes. (...) Esses imigrantes eram 'homens que, por já ociosos 'e por não encontrarem ocupação nos seus países de origem aceitam 'por isso a emigrar na primeira oportunidade que apareça".



Sociologia do negro brasileiro  pg 88

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